sábado, 13 de fevereiro de 2016

Doenças do brasil

Os debates sobre a transmissibilidade das doenças nunca foram
estritamente científicos. No que se refere à imposição de quarentenas, a
politização do tema seria flagrante uma vez que interferiam no fluxo comercial,
no comércio internacional e no deslocamento populacional. O cólera, a
peste e a febre amarela eram as três doenças em relação às quais havia maior
atenção dos países; seu significado transcendia ações específicas de combate
e consistiram importantes elementos na própria configuração e
reconfiguração dos Estados modernos.
No caso das Américas, a febre amarela, em fins do século XIX e
início do século XX, era considerada o grande desafio de política sanitária,
especialmente no que se refere ao comércio entre as nações. Em parte,
desempenhou no continente americano papel similar ao do cólera na Europa.
Foi uma das doenças mais marcantes da história da saúde pública
brasileira, com impactos sobre os processos políticos e o desenvolvimento
científico no país. psicologo   como levantar o bumbum

Brasil: imenso hospital fisioterapia  exercicios para as pernas As imagens que associam o Brasil a doenças, especialmente às de
natureza transmissível, ao contrário do que a primeira impressão pode indicar,
são relativamente recentes em nossa história. Até a segunda metade do
século XIX, prevalecia a idéia de "um mundo sem mal", caracterizado por
uma natureza e um clima benévolos e pela longevidade de seus habitantes,
conforme expressão utilizada por Sérgio Buarque de Holanda, em Visões do
Paraíso, para se referir às impressões suscitadas pelos textos de cronistas e
viajantes (Lima, 2000). dentista

A despeito de registros de incidência de varíola e febre amarela
desde o período colonial, no início do século XIX, as referências a um país
saudável ainda eram frequentes. As principais cidades, particularmente o
Rio de Janeiro, então capital do Império, que, no final daquele século, era
considerada um celeiro de doenças, não eram vistas do mesmo modo, tal
como se pode observar no discurso do renomado médico Francisco de
Mello Franco: oftalmo

Não só pelo que tenho observado por mim mesmo, mas segundo o que
tenho inquirido de médicos que, por muitos anos com grande reputação,
têm praticado nesta capital do Brasil, não se encontra febre alguma
contagiosa (...) o que na verdade maravilha a quem exercitou a clínica
na Europa, onde o contágio de algumas febres é conhecido até mesmo
do povo. (Ferreira, 1996:96)

O impacto da epidemia de febre amarela no Rio de Janeiro, de 1849
a 1850, alterou sensivelmente essa imagem pública. O fato de ter feito vítimas
fatais na elite favoreceu a compreensão do quadro sanitário do Brasil como
um problema científico e político importante, ampliando a repercussão das
polêmicas médicas sobre o assunto.

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